Amamentação é saúde
Importância do alimento materno será lembrada por uma semana
2/9/2009
Conscientizar as mães de que o leite materno é a primeira alimentação saudável que o ser humano pode receber. É com esse objetivo que a Coordenação de Núcleos de Banco de Leite Humano da Secretaria de Saúde do Distrito Federal promove hoje, no Parque da Cidade, um encontro com cerca de 1.500 mães do Distrito Federal que amamentam. O evento vai abrir a Semana Mundial da Amamentação, que será realizada até 7 de agosto, em todos os países, e que tem como tema, este ano, Amamentação em todos os momentos. Mais saúde, carinho eproteção. "Amamentar é a melhor forma que temos de melhorar a qualidade de vida de nossas crianças". Com esta frase, a coordenadora de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano da Secretaria de Saúde, Míriam Oliveira Santos, define a importância do aleitamento materno. Apesar de não ser mãe, ela está, há 18 anos, como pediatra, envolvida com a causa. "É uma coisa muito bonita que deve ser apoiada e valorizada", justifica a pediatra. Além de ser um prazer, a amamentação é benéfica para a mãe e para a criança. Para o bebê, porque aumenta a sua imunidade, ajuda no aprimo-ramento do sistema gástricoin-testinal, fortalece o laço afetivo com a mãe e estimula o crescimento dos dentes. A mãe, por sua vez, com a amamentação perde mais rapidamente os quilos extras adquiridos durante a gestação e reduz a possibilidade de câncer de mama e de hemorragia pós-parto. Mas, apesar de fundamental para a criança e prazeirosa e salutar para a mãe, a conscien-tização da importância do aleitamento materno ainda é vítima de muita desinformação. "Achar que a mama cai, por exemplo, é um mito provocado por desconhecimento", lembra a pediatra Míriam Oliveira Santos. Segundo ela, o que pode provocar a queda da mama é o aumento dela durante a gravidez. "Se a mãe sustentá-la bem durante o período da gestação não há risco disso acontecer". QUANTO MAIS MELHOR Outra desinformação muito comum é achar que a criança só precisa ser amamentada durante os seis primeiros meses de vida. "Na realidade, ela deve ser exclusiva durante esse período por ser o único alimento necessário para a criança", esclarece a coordenadora de Aleitamento Materno no DF. Míriam Oliveira Santos lembra que o ideal, principalmente para evitar quadros alérgicos no bebê, é que a amamentação seja feita até os dois anos, como complemento de outros alimentos, como frutas e comida salgada, que devem ser introduzidas depois dos seis meses. Outro tipo de leite só deve ser dado à criança depois dos dois anos. Até lá, os bicos, chupetas e chuquinhas estão proibidos. "A introdução de qualquer um desses objetos vai desestimular a criança a pegar o peito", alerta a pediatra. Tais ensinamentos, a jovem mãe do pequeno Ryan Gabriel, de apenas oito dias, Jéssica de Souza Santiago, de 18 anos, pretende seguir à risca. "Estou adorando amamentá-lo e vou dar o leite materno até ele completar três anos", afirma ela. Ainda internada na unidade neonatal do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), ela conta feliz que o seu pequeno Ryan mama muito e quase não chora. "Vou me dedicar só a ele agora", assegura a mãe. SAIBA + As mães que têm excesso de leite podem fazer doação para os Bancos de Leite. No DF, existem 15 bancos de leite que ficam nos principais hospitais públicos da região. Só no ano passado as mães de Brasília doaram 21 mil litros de leite. O DF é a segunda região em coleta de leite materno do País. Em primeiro lugar está o Estado de São Paulo. A criança deve mamar na hora que ela quiser. Não existe horário definido para o intervalo de cada mamada.