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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Estrutura celular


A estrutura da célula bacteriana é a de uma célula procariótica, sem organelos ligados à membrana celular, tais como mitocôndrias ou plastos, sem um núcleo rodeado por uma cariomembrana e sem DNA organizado em verdadeiros cromossomas, como os das células eucariotas.

Estruturas da célula procariota:

1. O nucleóide não é um verdadeiro núcleo, já que não está delimitado do resto da célula por membrana lipídica própria. O nucleóide consiste em uma única grande molécula de DNA com proteínas associadas. O seu tamanho varia de espécie para espécie. Na Escherichia coli, uma bactéria típica, o genoma tem quase 5 milhões de pares de bases e vários milhares de genes codificando mais de 4000 proteínas (o genoma humano tem 3 mil milhões de pares de bases e cerca de 40.000 proteínas).
2. Os plasmídeos circulares são pequenas moléculas de DNA que coexistem com o nucleóide. São comummente trocadas na reprodução sexuada. Os plasmideos têm genes, incluindo frequentemente aqueles que protegem a célula contra os antibióticos.
3. O hialoplasma é um liquido com consistência de gel, semelhante ao dos eucariotas, com sais, glicose e outros açúcares, proteínas funcionais e várias outras moléculas orgânicas. Contém também RNA da transcrição génica, e cerca de 20 mil ribossomas. Os ribossomas procariotas são bastante diferentes dos eucariotas (essas diferenças foram usadas para desenvolver antibióticos usados para só afectar os ribossomas das bactérias).
4. A membrana celular é uma dupla camada de fosfolípidos, com proteínas importantes (na permeabilidade a nutrientes e outras substâncias, defesa, e na cadeia respiratória e produção de energia).
5. A parede celular bacteriana é uma estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática e confere forma às bactérias. É uma estrutura complexa composta por peptidoglicanos, polímeros de carboidratos ligados a proteínas como a mureína, com funções protectoras. A parede celular é o alvo de muitos antibióticos. Ela contém em algumas espécies infecciosas a endotóxina lipopolissacarídeo (LPS) uma substância que leva a reacção excessiva do sistema imunitário, podendo causar morte no hóspede devido a choque séptico.
6. Algumas espécies de bactérias têm uma camada de polissacarídeos que protege contra desidratação e reconhecimento pelo sineide, chamada de cápsula.
7. Os pili são microfibrilhas proteicas que se estendem da parede celular em muitas espécies Gram-negativas. Têm funções de ancoramento da bactéria ao seu meio e são importantes na patogénese. Um tipo especial de pilus é o pilus sexual, estrutura oca que serve para ligar duas bactérias, de modo a trocarem plasmídeos. (Pilus vem do Latim, que significa pêlo, cabelo. Pili - Plural; Pilus - Singular)
8. O flagelo é uma estrutura proteica que roda como uma hélice. Muitas espécies de bactérias movem-se com o auxílio de flagelos. Os flagelos bacterianos são muito simples e completamente diferentes dos flagelos dos eucariotas (como, no homem, os dos espermatozóides).
9. Os vacúolos não são verdadeiros vacúolos já que não são delimitados por dupla membrana lipídica como os das plantas. São antes grânulos de substâncias de reserva, como açúcares complexos.
10. Algumas bactérias podem enquistar, formando um esporo, com um invólucro de polissacáridos mais espesso e ficando em estado de vida latente quando as condições ambientais foram desfavoráveis.

Morfologia


As bactérias classificam-se morfologicamente de acordo com a forma da célula e com o grau de agregação:

Quanto a forma

* Coco : De forma esférica ou subesférica (do género Coccus)
* Bacilo : Em forma de bastonete (do género Bacillus)
* Vibrião : Em forma de vírgula (do género Vibrio)
* Espirilo : de forma espiral/ondulada (do género Spirillum)
* Espiroqueta : Em forma acentuada de espiral.

Quanto ao grau de agregação

Apenas os Bacilos e os cocos formam colônias.

* Diplococo : De forma esférica ou subesférica e agrupadas aos pares (do género Diplococcus)
* Estreptococos : formam cadeia semelhante a um "colar"
* Estafilococos : Uma forma desorganizada de agrupamento,formando cachos
* Sarcina : De forma cúbica, formado por 4 ou 8 cocos simetricamente postos.
* Diplobacilos : Bacilos reunidos dois a dois.
* Estreptobacilos : Bacilos alinhados em cadeia....

História da bacteriologia


A palavra bacterium foi introduzida pelo microbiologista alemão C.G. Ehrenberg, em 1828, que a foi buscar à língua grega, na qual βακτηριον significa "pequeno bastão" (em alusão às bactérias com essa forma). Louis Pasteur (1822-1895) e Robert Koch (1843-1910) foram os primeiros cientistas a descrever o papel das bactérias como vectores de várias doenças.

Como já foi referido, as bactérias foram inicialmente consideradas um grupo de plantas (no sentido da taxonomia de Lineu) e agrupadas com os fungos (na classe Schizomycetes) mas, mais tarde, foram agrupadas com outros organismos unicelulares, os Protistas e, mais tarde, entre os procariotas. Com o advento das técnicas moleculares, em 1977, Carl Woese dividiu os procariotas em dois grupos, com base nas sequências “16S” do r-RNA, que chamou os reinos Eubacteria e Archaebacteria, mais tarde denominados Bacteria e Archaea. Alguns cientistas, no entanto, consideram que as diferenças genéticas entre aqueles dois grupos não justificam a divisão e que tanto as arqueobactérias como os eucariontes provavelmente se originaram a partir de bactérias primitivas.

Descoberta dos microrganismos


Descobertas por Antoni van Leeuwenhoek em 1683. Leeuwenhoek era um negociante holandês que tinha como passatempo polir lentes e construir micróscopios. Com um desses aparelhos ele observou resíduos retirados de seus próprios dentes e, para sua surpresa, viu seres minúsculos em forma de bastonetes. Ele também observou seres microscópicos semelhantes em muitos outros materiais (água parada, gota de água sobre plantas etc.) Em suas descrições, ele refere a esses seres microscópicos como "animálculos", que significa pequenos animais.

Seres microscópicos como descobertos por Leeuwenhoek somente passaram a despertar o interesse dos cientistas no final do século XIX, quando médico alemão Robert Koch (1843-1910) descobriu que eles eram a causa de uma doença do gado, o antraz. Até então, a noção de que as bactérias podiam causar doenças foi sendo lentamente aceita, com a demonstração da origem bacteriana de diversas doenças humanas, como a gonorréia, tifo, lepra etc.

O fato de certa doenças causadas por bactérias levou à ideia de que todas elas eram prejudiciais. Conta-se que Pasteur tinha horror à sujeira (onde ele sabia haver bactérias) e evitava apertar as mãos das pessoas. As bactérias foram inicialmente classificadas entre as plantas; em 1894, Ernst Haeckel incluiu-as no reino Protista e actualmente as bactérias compõem um dos três domínios do sistema de classificação cladístico. Vulgarmente, utiliza-se o termo "bactéria" para designar também as archaebactérias, que actualmente constituem um domínio separado. As cianobactérias (as "algas azuis") são consideradas dentro do domínio Bactéria.

As bactérias são normalmente microscópicas ou submicroscópicas (detectáveis apenas ao microscópio electrônico), com dimensões máximas tipicamente da ordem dos 0,5 a 5 micrómetros. Uma excepção é uma bactéria (Epulopiscium fishelsoni) isolada no tubo digestivo de um peixe, com um comprimento compreendido em 0,2 e 0,7 mm.

O estudo dos diferentes microorganismos, tais como bactérias, fungos, vírus e parasitas, é da responsabilidade da Microbiologia

Bactéria


Bactérias (do grego bakteria, bastão) são organismos unicelulares, procariontes, que podem ser encontrados na forma isolada ou em colônias e pertencem ao Reino Monera. São microorganismos constituídos por uma célula, sem núcleo celular envolvido pela membrana nuclear ou carioteca nem organelas membranares.